FELIZ
DIA DOS PROFESSORES??? SERÁ???
Hoje
é o DIA DO PROFESSOR, um dia comum, sem enaltações sociais e políticas, um dia
caído no esquecimento de nossas autoridades. Fazendo uma retrospectiva histórica,
nem sempre os professores foram assistidos de forma tão precária, pois o
PROFESSOR também teve seus dias de glória e se nos reportarmos ao Brasil
Colônia e ao Brasil Império, observaremos que somente a elite poderia ter
acesso a educação devido ao alto custo de um professor. Já no início do Brasil
República, a sala de aula se estendeu à outras classes sociais, sem com isso
desvalorizar financeiramente o professor, época em que éramos considerados “mestre”.
Nestes períodos, ter um membro da
família na profissão de professor era motivo de orgulho e repeito familiar. E hoje,
o que aconteceu com a classe de professor? O que os governantes fizeram com a
política educacional? Onde está a melhoria da década da educação instituída com
a Lei de Diretrizes e Base da Educação-LDB 9394/96? Já terminamos a década
instituída, estamos quase completando sua segunda década e o PCC-Plano de
Cargos e Carreira do Magistério está solto em cada município deste país, não há
uma equivalência salarial digna do nosso ato profissional, pois o mínimo
estipulado em Legislação Federal é um desafeto à nossa responsabilidade
educacional. A Lei do FUNDEF/FUNDEB foi apenas uma tentativa de promover a
melhoria salarial e educacional de nossa categoria, mas faltou punidade administrava
de forma mais rígida e esta Lei foi mantida por muitos gestores como abono salarial,
uma forma de camuflar a desvalorização salarial e de qualidade educacional. Entretanto,
não podemos de forma alguma, generalizar tal situação, onde pode-se observar a
realidade de São Gabriel do Oeste, um dos municípios que melhor se aproximou do
FUNDEF/FUNDEB. Mas a desvalorização a qual me refiro é estendida em nível
nacional, vejam Rio de Janeiro, quase dois meses sem aula, onde os professores
tentam “mostrar” aos gestores públicos que educação é essencial e que a sociedade
necessita da educação, uma parada que causa danos educacionais à população, mas
justa e necessária. Entretanto, ao extremo do caos da educação, analisem a
região nordeste, uma desarmonia educacional que fere todos os princípios da
legislação vigente. E nós, professores sidrolandenses, estamos recebendo amparo
da nossa política pública educacional? Nosso salário é digno de equiparação com
a nossa responsabilidade ou estamos apenas sendo vistos como “cuidadores de
crianças”? Nosso material didático é suficiente e adequado? Como já mencionei
acima, o FUNBEB não deve ser tido como abonos salariais, mas por enquanto, é a
única opção que nos resta e ainda não está sendo cumprido. E estamos lutando
por nossos direitos? Ou será que estamos com medo da opressão e da tirania? São
por esses motivos que gostaria muito de dizer FELIZ DA DOS PROFESSORES, mas
apenas digo: ACORDEM PROFESSORES!