quarta-feira, 28 de outubro de 2020
terça-feira, 27 de outubro de 2020
Mato Grosso do Sul - aspectos econômicos - Geografia
Mato
Grosso do Sul - aspectos econômicos
Agricultura
– teve
maior destaque a partir da década de 70, com a introdução da calagem, para
corrigir a acidez do solo, com o desenvolvimento da agricultura agrava-se os
problemas ambientais, principalmente devido ao desmatamento da mata ciliar, nas
regiões do rio Taquari, Miranda e Aquidauana.
       A agricultura ocupa uma posição de
destaque no MS, é o terceiro produtor de arroz, soja e 4º de trigo do Brasil,
além disso são cultivados outros produtos como: cana-de-açúcar, algodão,
feijão, mandioca, milho, trigo, amendoim.
       O
Estado conta com uma série de órgãos que facilitam a atividade agrícola, dentre
os quais destacamos a EMBRAPA - Empresa Brasileira de Agropecuária, a qual mantém
campos experimentais, onde investiga variedades de plantas e as melhores
técnicas e cuidados e o CIBRAZEM - Companhia Brasileira de Armazenagem, a qual
cuida da armazenagem de grãos. 
            Para
a armazenagem de grãos, nos dias atuais, contamos com muitos silos, dos quais,
muitos deles são mantidos pelo próprio agricultor.
Extrativismo -  é a
atividade pela qual o homem retira da natureza os recursos produzidos por ela.
No extrativismo vegetal destaca-se erva-mate 
O extrativismo
animal é representado principalmente pela pesca, principalmente nos rios
afluentes do Paraguai, com as espécies de pintado, jaú, dourado e pacú.
Pecuária -  pecuária é a atividade que consiste na criação
e tratamento de gado. Os donos das fazendas são chamados de pecuaristas, quem
cuida do gado são os vaqueiros ou peões. A pecuária é uma das grandes riquezas
de Mato Grosso do Sul. O Estado conta com o maior rebanho de gado bovino do
Brasil, sendo este, destinado ao abate (gado de corte). Nas regiões de Campo
Grande, Dourados e Três Lagoas destaca-se a pecuária intensiva, ou seja, o gado é criado em áreas pequenas e cercadas; e
o regime de pastagem pode ser natural ou artificial.
Na região do
Pantanal, o gado é criado de forma extensiva,
isto é, o gado é criado solto em grandes áreas com pastagem natural. O solo do
pantanal é constantemente irrigado e salgado, o que beneficia o rebanho.
Além do rebanho
bovino encontramos em Mato Grosso do Sul, em menor escala, a criação de porcos
(suínos), equinos (cavalos), ovinos (ovelhas), caprinos (cabras).
O desenvolvimento
da pecuária colaborou para a instalação de frigoríficos de médio e grande
porte, que compram o gado dos criadores, abatem e vendem a carne e seus
derivados para mercados, açougues e exportam.
Indústrias - Os recursos naturais depois de retirados
da natureza, vão para as indústrias onde são transformados em novos produtos. A
indústria pode ser: 
Extrativa - retira
os recursos da natureza.
De transformação -
transforma matéria-prima (recurso natural) em produto comercial. 
Os produtos
transformados são chamados de industrializados, os donos das indústrias são chamados
de industriais e as pessoas que nelas trabalham são chamados de operários ou
industriários. 
Para que o estado
desenvolva a indústria é necessário:
·        
matéria
- prima;
·        
mão-de-obra;
·        
sistema
de transportes (rodovias, ferrovias, aeroportos);
·        
energia
elétrica.
A primeira
indústria de Mato Grosso do Sul foi a Companhia Mate Laranjeira, instalada em
1882 quando os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul eram um só estado.
O processo de
industrialização em nosso estado é recente, há indústrias que produzem cimento,
bebidas, alimentos, madeira beneficiada, couro, tecidos.
 No Mato Grosso do Sul há polos industriais:
·        
Campo
Grande - maior polo econômico e industrial do estado, com indústrias de
alimentos, abates e roupas;
·        
Ponta
Porã e Dourados - alimentos;
·        
Três
Lagoas - alimentos e beneficiamento de madeira;
·        
Bonito,
Aquidauana, Terenos - minerais não metálicos, frigoríficos, alimentos,
corretivos de solo;
·        
Corumbá
- materiais não metálicos, alimentos e beneficiamento de cereais.
Carvão
Vegetal -  praticado na região leste do estado, ao longo
da ferrovia Novoeste, no triângulo do carvão, onde se encontra uma das maiores
produções de carvão vegetal do país, a qual a produção é exportada para estados
vizinhos, principalmente para Minas Gerais, para usar em siderúrgicas. No
Triângulo do Carvão, há grande denúncia da exploração do trabalho infantil.
As cidades que compõe o triângulo são:
Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Água Clara.
Herança cultural do Estado de Mato Grosso do Sul e a Formação da população sulmatogrossense _ História
Herança cultural do Estado de Mato Grosso
do Sul e a Formação da população sul-matogrossense.
            Todas
as pessoas possuem cultura, pois consideramos como cultura, a maneira de
sentir, de pensar e de agir em um grupo social.
            A
cultura é formada por todo o conjunto de conhecimento aprendidos e transmitidos
de geração a geração em uma sociedade, onde as pessoas compartilham dos
elementos culturais do seu grupo, que são:
ü  O idioma;
ü  As regras sociais
de comportamento;
ü  A forma de
organização política;
ü  A forma de
produção de riquezas;
ü  As crenças e
religião;
ü  As tradições, os
hábitos e os costumes;
ü  As manifestações
artísticas;
ü  O conhecimento
científico e tecnológico;
ü  O modo de se
vestir;
ü  A culinária;
ü  As manifestações
folclóricas.
            Todo
grupo social tem sua própria cultura e para entender os costumes de um grupo
social, necessitamos conhecer a cultura ao qual pertencem e dentre as
diferentes culturas.
            A
população brasileira, assim como a do Mato Grosso do Sul, foi formada pela
fusão de três grandes grupos étnicos: os índios, os brancos e os negros. A
mistura desses povos ocorreu por meio da interação de suas culturas. Por essa
razão dizemos que o povo brasileiro é miscigenado.
Com a cultura dos índios aprendemos:
ü  Tomar banho
diariamente;
ü  Dormir em redes;
ü  Usar canoas e
jangadas;
ü  Cultivar o milho,
a mandioca, o amendoim, o inhame, o guaraná;
ü  Utilizar vasilhas
de barro;
ü  Alimentar-se de
mamão, caju, cacau, palmito e castanha-do-pará;
ü  Usar instrumentos
musicais como flauta e chocalho;
ü  Fabricar cestos
com fibras vegetais e cerâmica;
ü  Utilizar a flora
medicinal;
ü  Conhecer as lendas
e mitos indígenas, como o Curupira, o Boitatá e tantos outros;
ü  Utilizar as
palavras como: jacá, tapera, taquara, catapora, pereba, beiju, paçoca, guaraná,
pamonha, pipoca, urucum, tapioca, caatinga, biboca, capoeira, jururu.
Com a cultura dos brancos aprendemos:
ü  A língua
portuguesa;
ü  A religião
católica e as festas religiosas;
ü  O artesanato em
rendas e bordados;
ü  A comer goiaba,
bananada, marmelada, ovos, bacalhoada, azeite, cebola e azeitona;
ü  A literatura de
cordel;
ü  As brincadeiras de
roda, danças populares e montagem de presépios;
ü  A construção de
casas com grandes quintais, hortas e pomares;
ü  O traçado das
cidades e a arquitetura das igrejas;
ü  A organização do
ensino escolar.
Com a cultura dos negros aprendemos:
ü  A dança e a música
da capoeira, o samba e o batuque;
ü  Os instrumentos
musicais berimbau, tamborim e agogô;
ü  As palavras
banguela, caçamba, cachaça, capanga, mandinga, marimbondo, moleque, quitanda,
tanga.
ü  A alimentação do
vatapá, munguzá, pé de moleque e o leite de coco;
ü   As crenças e cerimônias religiosas de umbanda
e candomblé.
            A
presença dos migrantes e dos imigrantes também influenciaram na cultura do Mato
Grosso do Sul.
Com a cultura dos migrantes catarinenses e
paranaenses aprendemos:
ü  A alimentação do
pão caseiro, cuca, o churrasco e o charque;
ü  A tomar chimarrão;
ü  A dança do xote e
vanerão;
ü  O uso da bombacha,
do pala e do lenço;
ü  O uso do arreio e
do pelego na montaria do cavalo.
Com a cultura dos migrantes mineiros
aprendemos:
ü  A alimentação do
pão de queijo, feijão tropeiro, leitão pururuca, as compotas de doces e o doce
de leite.
Com a cultura dos migrantes nordestinos
aprendemos:
ü  Os ritmos musicais
e as danças xote, baião e forró;
ü  A alimentação da
carne seca ao sol, a rapadura, a farinha de mandioca, o sarapatel e o pirão de
peixe.
Com a cultura dos migrantes cariocas
aprendemos:
ü  A alimentação da
feijoada.
Com a cultura dos migrantes paulistas
aprendemos:
ü  A alimentação do
café.
Com a cultura dos imigrantes do Japão
aprendemos:
ü  O cultivo de
hortaliças e frutas;
ü  A alimentação do
sashimi (peixe cru), sukiaki (carne vermelha cozida com verduras), shoyu (molho
de soja), o broto de bambu e o tofu (queijo de soja).
Com a cultura dos imigrantes do Paraguai
aprendemos:
ü  A dança e a música
da polca paraguaia;
ü  O jogo de baralho
truco;
ü  A tomar tereré
servido em guampas;
ü  A alimentação da
chipa de forma oval e arredondada, sopa paraguaia e a mandioca com carne.


