quarta-feira, 20 de maio de 2020

A ocupação do Mato Grosso do Sul: o domínio de Portugal - HISTÓRIA


Conteúdos:
ü  A ocupação do Mato Grosso do Sul: o domínio português.

Texto informativo

A ocupação do Mato Grosso do Sul: o domínio de Portugal
Somente com o Tratado de Madri, no ano de 1750, que a posse das terras do atual estado de Mato Grosso do Sul passa legalmente para os portugueses. Com o aumento da mineração, o Governo português modificou a forma de administração na metade do século XVIII e para obter uma melhora na fiscalização da arrecadação de impostos e na mineração, criou a Capitania.

 Após sua criação, a Capitania foi administrada por um subordinado do rei, D. Antonio Rolim de Moura Tavares, que recebeu ordens para criar a sede de seu Governo no limite da fronteira com os espanhóis, criando assim a Vila Bela da Santíssima Trindade, onde seria a capital da Capitania. Porém,  mais tarde foi transferida para Cuiabá e no ano de 1748 a Capitania foi incorporada ao Brasil pelo Tratado de Madri e com isso os portugueses conseguiram a posse sobre as jazidas de metais preciosos em Cuiabá, mas essa descoberta fez com que os espanhóis tentassem recuperar as terras perdidas pelo Tratado de Madri.
Então, os portugueses construíram Fortes Militares para manter a defesa do acordo e defenderem as terras contra colonos espanhóis e também para proteger o território contra os ataques de indígenas que para defenderem suas terras invadidas reagiam com violência.
Alguns destes Fortes Militares se tornaram núcleos de povoamentos, como o Forte Coimbra, Forte Miranda, e o Forte Albuquerque.
Forte Coimbra foi fundado no ano de 1775, criado na margem direita do rio Paraguai (hoje situado em Corumbá). O tenente-coronel Ricardo Franco de Almeida Serra, criou o Forte Coimbra com a intenção de proteger dos ataques espanhois e a agressividade dos índios Guaicuru e Paiaguá.
Forte Miranda foi construído em 1778 e deu origem a cidade de Miranda. Foi ao redor desse Forte que se estabeleceram os primeiros moradores e segundo alguns historiadores, cerca de cinquenta pessoas (maioria composta por índios nativos) moravam nesse vilarejo em casas de pau a pique e adobe. (Pau a pique é uma parede feita de ripas ou varas entrecruzadas e barro. Adobe é o tijolo preparado com argila crua, seca ao sol).
Forte Albuquerque deu origem a cidade de Corumbá, a qual surgiu a partir da instalação desse Forte, no ano de 1778. No ano de 1850, foi elevada à vila sob o governo imperial e a área ocupada por Corumbá abrangia todos os municípios que hoje são parte de Mato Grosso do Sul. Corumbá foi se destacando como polo econômico regional por meio de uma pequena atividade pecuária e do comercio, mas seu contato com o resto do país era muito difícil e durante Guerra do Paraguai, de 1865 a 1870, Corumbá ficou ainda mais isolada, pois a navegação pelo rio Paraguai ficou interrompida, sendo que apenas em 1867 a cidade foi retomada por tropas vinda de Cuiabá. Após esse conflito, Corumbá ficou destruída e no pós-guerra a tarefa foi a recuperação das terras, reconstrução das propriedades e o reinicio das atividades econômicas. Aos poucos Corumbá retomou seu lugar como principal centro econômico de Mato Grosso, mas com a chegada da estrada de ferro Noroeste do Brasil e como Rio Paraguai deixando de ser a principal via de transporte, Corumbá perdeu sua posição de principal centro econômico e político de Mato Grosso, sendo substituída por Campo Grande.

Fonte: Gressler, Lori Alice. História do Mato Grosso do Sul, 4º/5º ano: Volume único. São Paulo. Editora FTD, 2.011


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