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Os
indígenas do território sul matogrossense: Situação no passado
Texto
informativo
Os indígenas do território sul-mato-grossense: Situação
no passado
Há
pelo menos 5 mil anos que a aprendizagem do cultivo de plantas, a domesticação
de animais e as condições de solo e clima favoreceram o desenvolvimento de
diversos grupos étnicos que ocuparam o território do atual estado de Mato
Grosso do Sul.
Grupo étnico: Grupo de pessoas que compartilha a mesma
cultura, especialmente a língua, os comportamentos sociais e as crenças.
Entre os nativos do território
sul-mato-grossense, os mais numerosos, no século XVI, eram os Guarani.
Excelentes agricultores, plantavam principalmente o milho e a mandioca, base de
sua alimentação.
Eles conheciam também o cultivo e a
tecelagem do algodão, para a confecção de redes e vestimentas. Produziam potes
de cerâmica para o armazenamento de alimentos e os utilizavam, inclusive, para
o sepultamento de seus mortos. Atualmente, os Guarani são representados pelos
Kaiowá e pelos Ñandeva.
A partir do século XVII, os colonizadores
portugueses e espanhóis intensificaram seus ataques às aldeias dos Guarani.
Eles exploraram a mão de obra indígena, tanto no trabalho agrícola como na
mineração.
Com o enfraquecimento dos Guarani, outros
povos, como os Aruak e os Guaicuru, penetraram na região sul do Pantanal. Os
Aruak são hoje representados pelos Terena, enquanto a nação Guaicuru está
reduzida atualmente a menos de mil índios Guaná ou Kadiwéu. Também estão
presentes em Mato Grosso do Sul os Ofayé-Xavante e os Guató, entre outros.
Caçadores e coletores extremamente
guerreiros, os Guaicuru dominavam as demais tribos, favorecidos pela
domesticação do cavalo, introduzido na região pelos colonos espanhóis.
Excelentes montadores, até hoje são conhecidos como “índios cavaleiros”.
Possuem também uma arte refinada, que se revela nos belos motivos coloridos
usados na decoração de seus objetos de cerâmica e nas tatuagens realizadas em
seus corpos.
Fonte: Gressler, Lori Alice. História do Mato Grosso do Sul, 4º/5º ano:
Volume único. São Paulo. Editora FTD, 2.011.
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