domingo, 17 de março de 2019

GEOGRAFIA - Formação da população sul-mato-grossense: População indígena

Formação da população sul-mato-grossense: População indígena Guató - São índios canoeiros; viveram e vivem nas cercanias das grandes lagoas e dominaram, por longo tempo, extenso trecho do rio Paraguai e parte do antigo curso do Rio São Lourenço. Os Guató foram únicos habitantes da ilha Ínsua /Bela Vista do Norte /Porto Índio, localizada no ponto extremo noroeste do Mato Grosso do Sul, município de Corumbá, na fronteira com a Bolívia. Em 1996, conquistaram o direito de ocupar parte de seu território, tradicional, a aldeia Uberaba, localizada na Ilha de Ínsua. Hoje, hoje há cerca de 150 habitantes na aldeia e, aproximadamente, 500 pelas morrarias do Pantanal adentro e periferia das cidades, principalmente Corumbá e Cáceres. Hábeis caçadores, atacavam as onças, que uma vez abatidas, davam-lhe o direito a posse de uma companheira. Do rio utilizam o peixe e o jacaré como base de alimentação. Plantavam mandioca, milho e cereais de outras espécies e colhiam nas matas o que mais lhes eram necessário a subsistência , como frutos e mel. Ofaié - habitantes e legítimos donos de um grande território, construíam seus acampamentos a beira dos rios, ocupando uma grande área, que ia do Sucuriú até as nascentes dos rios Vacaria e Ivinhema. No final do séc. passado a população ofaié era estimada em mais de 2 mil pessoas; hoje, o grupo está resumido a menos de cem índios. Atualmente vivem na região de Brasilândia em 484 alqueires, cedidos pela CESP, Cia. Energética de São Paulo. Como indenização pela inundação da área do lago da Usina de Porto Primavera; aguardam a demarcação física e a ocupação efetiva de mil novecentos e vinte e sete hectares do seu antigo território, contíguo a essa área adquirida pela CESP, onde lutam para conservar idioma e tenta renascer sua cultura. Este grupo é talvez um dos mais antigos do estado e foi arredio ao contato como branco e mesmo com outros índios. Terena - povo agricultores e de índole pacífica preservam sua língua materna o espírito fraterno e acolhedor. Foram utilizados pelo Marechal Rondon na construção da linha telegráfica, no extremo oeste do país até a Amazônia. Muitos Terena participaram também da construção da estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Atualmente, somam-se cerca de 19.370 índios terena no estado, ocupando 26 pequenas aldeias, localizadas nos municípios de Anastácio, Aquidauana, Dois Irmãos do Buriti, Miranda, Nioaque, Rochedo e Sidrolândia, área insuficiente para o seu vigoroso crescimento demográfico e cultural. Os Terena, para subsistir adotaram a prática comercial, vendendo nas cidades próximas a reserva e na capital aquilo que produzem; outra forma de garantir o seu sustento é o trabalho nos canaviais. Kadiwéu - são os últimos remanescentes da família Guaicuru habitantes do território compreendido desde o Rio Apa até Rio Paraguai, já a parti do século XVI domesticavam cavalos e utilizavam não somente para caça, mas também para as montarias. Hábeis cavaleiros exímios guerreiros, não permitiram jamais a expansão européia na região, através da expedições portuguesas e espanholas. As perdas foram grandes para a coroa portuguesa, que, em 1791, firmaram o único “Tratado de Perpétua Paz e Amizade”. Entre uma nação indígena e a coroa portuguesa pela nossa história. O povo Kadiwéu é excelente ceramista com desenhos e motivos geométricos que inspiram grandes arquiteturas na Europa. Hoje, são poucos mais de 1.800 indígenas. O Povo Guarani Os Guaranis, no Brasil, subdividem-se em três grupos: Mbyá, Kaiová e Nandeva. Esses dois últimos, com predominância dos Kaiová, vivem no Mato Grosso do Sul. Os Nandeva auto- denominam-se Guarani. Cerca de 24.649 Guarani e Kaiová espalhados em vinte e duas pequenas áreas (média de 1,6 hectares por pessoa), insuficiente até mesmo para subsistência, muitas delas com problemas de limites (invadidas) e outras com processo na justiça o que força o trabalho fora das aldeias, levando a mendicância e o perambular, resultando a insegurança e desestruturação interna nas aldeias. Calcula-se ainda que 4.000 Guarani e Kaiová vivem desaldeados nas periferias das cidades, às margens de rodovias sobrevivendo do artesanato e subempregados em fazendas. Outro resultado do encurralamento, que têm igualmente uma série de conseqüências não analisadas aqui. Os Guarani, há aproximadamente 200 anos, ocupavam 25% (vinte e cinco por cento) do território que hoje compreende o Estado do Mato Grosso do Sul, correspondentes a 8,750 milhões de hectares de terras. Segundo o padre jesuíta Meliá, os Guarani são o único grupo Guarani que mantém, até hoje, a noção de território próprio. O território deles se estende ao Norte até os rios Apa e Dourados e ao Sul até a serra de Maracajú e os afluentes do Rio jejuí. Sua extensão Este- Oeste atinge os cem quilômetros em ambos os lados da Serra de Amambaí.

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