domingo, 17 de março de 2019
GEOGRAFIA - Formação da população sul-mato-grossense: Os africanos no Brasil e no Estado.
Os africanos no Brasil e no Estado.
Os negros foram trazidos ao Brasil inicialmente como mercadorias pelos portugueses. Eram escravizados nas ilhas do Atlântico: Madeira, São Tomé, Cabo Verde e Açores. Essa chegada ocorreu no período em que o Brasil era ainda Colônia de Portugal.
Essa mão-de-obra escrava que chegava ao Brasil era colocada para trabalhar em canaviais e, como o açúcar estava em alta, a cana-de-açúcar.
Os negros vindos da África eram trazidos em navios conhecidos como navios negreiros, onde suas condições eram extremamente precárias, o que ocasionavam em inúmeras mortes nessa viagem. Ficavam amontoados e no mesmo lugar em que dormiam, era o próprio banheiro. Fezes e urina em local fechado e em contato com crianças, jovens e adultos, ocasionando uma série de contaminações.
Os principais movimentadores da economia do Brasil, os negros eram comercializados para desenvolver trabalhos na agricultura, pecuária e serviços domésticos. Muitos deles, devido a maus tratos fugiam dos engenhos. Os capitães do mato saíam em busca. Muitos que conseguiam fugir sem serem encontrados, conseguiam se fixar em sociedades clandestinas, que eram chamados de Quilombos. O mais conhecido Quilombo foi o de Palmares, que era liderado por Zumbi. Esse quilombo recebeu muitos escravos fugitivos da região de Pernambuco e da Bahia.
O quilombo de Palmares chegou ater cerca de 35 mil habitantes e era fortemente armado.
A esperança voltaria aos negros escravizados com a abolição da escravatura. Primeiro com a lei Eusébio de Queirós (1850) que proibiu o tráfico negreiro, depois com a lei dos Sexagenários, do Ventre Livre, e finalmente com a lei Áurea em 13 de maio de 1888.
Os negros no Brasil deixaram inúmeras heranças ao país, em danças típicas, culinária, religião. O samba, marca registrada internacionalmente do Brasil por exemplo, é uma manifestação afro-descendente, a capoeira, a feijoada na culinária.
Os primeiros movimentos contra a discriminação no Brasil ocorreram no Estado Novo, de Getúlio Vargas, entre o período de 1889 até 1937, onde houve a criação de movimentos negros de combate a discriminação.
Também foi desenvolvida a imprensa negra, que destinada a este público tratava de questões discriminação. A Frente Negra Brasileira (FNB) foi criada.
Depois desse período, apenas em 1970 o movimento voltaria as discussões sobre a discriminação. Até esse ano vários movimentos pelo país diminuiram quando o governo militar comandou a república.
Em 1978, no Teatro Municipal de São Paulo, o Movimento Negro Unificado (MNU) se estabeleceu no Brasil, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação praticadas contra os negros.
Atualmente existem alguns resquícios de dificuldade em relação a sociedade. No entanto, os movimentos e manifestações da cultura negra têm crescido, juntamente com a população que se considera da cor. De acordo com os relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 91 milhões de negros/pardos no Brasil. Dessa maneira é possível entender que a porcentagem de negros no Brasil ultrapasse os 50%.
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