sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Análise textual: Conto de terror - Língua Portuguesa

 

Casa mal assombrada



Eram duas e meia da manhã quando Levi, Antônio e Arnaldo andavam pelas calçadas sujas de sua cidade. Estavam vagando a mais três horas sem nada pra fazer, Levi odiava fazer isso, preferia estar em casa assistindo TV e comendo, mas sempre acompanhava os amigos porque não gostava de ficar sozinho. Chegaram à antiga estação de trem da cidade que já estava desativada há muitos anos.

“Vamos embora daqui. Eu odeio esse lugar” – pediu Levi tentando não parecer aterrorizado.

 “Deixe de ser medroso” – respondeu Arnaldo. “Vamos até a casa abandona da colina e dar uma olhada, estou precisando de uma aventura.” – completou ele com a voz animada.

  Antônio riu e começou a andar em direção a casa, os outros dois o seguiram. Chegaram ao portão de entrada e olharam aquela imensa construção, era linda e tenebrosa ao mesmo tempo.

 Os três jamais viram alguém morando naquele lugar, o dono da propriedade a trancou a mais de cinquenta anos e não voltou mais, nunca vendeu ou alugou. Os moradores da região até evitavam passar perto com medo e diziam que o lugar era assombrado.

Anos atrás o filho do prefeito daquela cidade estava se casando com uma moça que morava ali. No dia do casamento, a melhor amiga da noiva a levou para a casa do prefeito dizendo que queria mostrar-lhe algo. Chegando lá elas sobem até o quarto onde o noivo dormia e o encontram algo que deixou a noiva muito chateada. Diz a lenda que os fantasmas dos três ficaram na casa.

 Arnaldo foi o primeiro a entrar, pulou o portão e foi em direção a casa. Olhou para trás e viu os outros dois pulando também e continuou até chegar à porta. Levi ficou parado no meio do caminho.

  “Eu não entro aí, estou sentindo mal, alguma coisa me diz que a gente deveria ir embora.” – disse o rapaz com voz trêmula.

Os outros dois não deram importância. Voltaram-se para casa e olharam pela janela. Eles se espantaram porque podiam ver muito bem o que tinha dentro da casa somente com a iluminação da lua que entrava pelas janelas. A sala de entrada era enorme e toda a mobília parecia estar lá, porém coberta com lençóis.

“Opa, a porta da frente está aberta.” – Disse Antônio já abrindo a porta.

Os dois entraram, o lugar era lindo, descobriram alguns móveis e viram que estava tudo intacto, parecia que alguém estava cuidando de tudo. Antônio decidiu subir para o próximo andar e ver se achava algo interessante. Arnaldo foi ver outro cômodo. Momentos depois Arnaldo escuta Antônio descendo as escadas.

“Vamos embora, Levi está nos esperando lá fora.” – Gritou Arnaldo para que seu amigo pudesse escutá-lo.

 Antônio não respondeu, Arnaldo se virou para ir até a saída e deu de cara com alguém, não pode ver quem era porque a luz vinha de trás da pessoa então só via a silhueta. Uma coisa ele tinha certeza, estava vestida de noiva. Seu corpo congelou e então ele riu tentando disfarçando o susto.

 “Muito boa essa Antônio, quase me mata de susto. Vamos embora, já tive muito pra uma noite, esse lugar está me dando arrepios.” – disse Arnaldo irritado.

Antônio continuou calado. Arnaldo ficou inquieto olhando o suposto amigo e começou a andar em sua direção, a silhueta também se movia ao seu encontro. Algo mudou na visão de Arnaldo, ele começou a ficar preocupado e parou de andar.

    “Brincadeira tem limite Antônio.” – gritou ele.

 A silhueta também parou de andar, a luz da lua iluminou seu rosto e Arnaldo gritou. A imagem o aterrorizou e ele se arrependeu de ter entrado na casa. Ali na sua frente estava o fantasma da noiva, seu rosto podre e olhos vazios não expressavam sentimento.

 “Antônio!” – foi à única coisa que ele conseguiu gritar, pois o terror o mantinha congelado e sem ar.

 Antônio desceu as escadas rapidamente, quando viu a cena correu direto pra porta gritando. A porta estava trancada, ele a esmurrava, chutava e puxava, mas ela não abria. Levi estava bem perto, mas parecia que não via ou escutava nada. A noiva não deu muita atenção a ele e continuava a encarar Arnaldo que por sua vez correu para ajudar o amigo com a porta.

 “Você pensou que iria escapar de mim por toda eternidade querido?” – disse o fantasma se aproximando dos dois.

A noiva agarrou Arnaldo pelo cabelo.  Antônio se espantou, correu e levou Levi embora com ele. Contou a história a todos mais ninguém acreditou.

 

(Gênero textual - História de Terror. Terça-feira, 18 de agosto de 2009. Posted by Paulo Garcia. Texto adaptado para o 5º ano do Ensino Fundamental.)

Disponível em https://comunicaoeexpresso.blogspot.com/2015/02/leia-o-texto-seguir.html Adaptado para o 5º ano.

 


Responda:

 

1-  Segundo Paulo Garcia, em que local a história do texto ocorre?

Em volta de uma casa.


2-  Por qual palavra a expressão “silhueta” no texto, 13º parágrafo, pode ser substituída?

Sombra.


3-  No texto, qual é a ideia de que há assombração da casa?

O fantasma da noiva.


4-  Segundo Paulo Garcia, do que o texto trata, principalmente?

De uma casa abandonada e assustadora.


5-  No trecho “Vamos embora daqui. Eu odeio esse lugar”. O que a expressão em destaque revela?

Pavor pelo lugar.


6-  No texto, na casa mal assombrada, tem-se a ideia de que?

Que o medo ainda se cria em lugares desativados e em casas em ruínas.


7-  De acordo com o texto, porque a casa era assombrada?

Porque era desabitada e apresentava um aspecto que causava medo.


8-  Qual é a finalidade do texto?

Passar medo e causar suspense no leitor.


9-  De que forma o autor escreve sua história?

De forma assustadora.


10-  No trecho “Vamos embora daqui, eu odeio esse lugar”. Essa fala é de qual personagem?

Levi.


11-  Qual é o gênero desse texto?

De terror.


12-  No texto, quem é Paulo Garcia?

O autor da história.

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